Depois de andar alguns passos,cheguei ao que eu queria... Olhei Luan que observava tudo maravilhado.
Luan: Que lindo - disse impressionado - Quem fez?
Nathallia: Meu pai - sorri ao ver a casa na árvore que meu pai construiu pra mim quando pequena - Ele sempre vinha com essa idéia,até que chegou um dia que ele resolveu fazer e me "dar" de presente de aniversário de 7 anos - sorri
César: Meu amor,eu tenho uma coisa pra te mostrar... - disse segurando minha mão - fecha os olhos.
Nathallia: Porque pai? - perguntei curiosa
César: Não faça perguntas,somente feche os olhos... - disse,e eu o obedeci. Ele foi me levando,me levando,até parar.
Nathallia: Pode abrir? - perguntei ansiosa
César: Tá,agora pode - disse,e eu abri os olhos,e vi em minha frente a melhor casa de árvore da minha vida. Eu mal acreditava no que via,e tudo aquilo era meu!
Nathallia: Paaai! - falei empolgada - Isso é meu?
César: Lógico que é,é de presente meu amor!! - disse me pegando no colo,e me abraçando forte - Feliz aniversário minha princesa!! - falou animado
Nathallia: Obrigada pai - sorri
César: Vai,pode entrar - disse,e eu o chamei para ir comigo. Ele veio,e naquele dia a gente se divertiu muito. Logo,minha mãe se juntou com a gente,e a brincadeira foi garantida,com Casa na árvore e cachoeira. Tão perto da natureza,e das pessoas que eu amo...
Luan: Natty? ... Natty? - me chamou estalando o dedo na minha frente,me chamando atenção - Tá viva ainda muié? - riu e eu ri também
Nathallia: Que foi?
Luan: Tá tudo bem? Você parou de falar do nada... Tá lembrando de alguma coisa?
Nathallia: Na..não. Quer dizer,tava sim. - sorri - Lembrei de quando o meu pai me deu de presente essa casa de aniversário de 7 anos.
Luan: Eu sempre tive uma curiosidade.
Nathallia: Que curiosidade?
Luan: De saber de você,como é essa sensação de não ter a pessoa que a gente mais ama por perto? - perguntou,e eu engoli em seco.
Nathallia: Pode ter a certeza de que não é a melhor sensação desse mundo. Principalmente quando você sabe que essa pessoa morreu,e está a sete palmos abaixo do solo. - falei com um nó na garganta,e ele me olhou preocupado.
Luan: Desculpa,por favor desculpa... Eu não devia ter perguntado isso pra você. Eu sou um idiota mesmo,desculpa - se redimiu e eu neguei com a cabeça
Nathallia: Não tem problema,eu sei que tem curiosidade em saber disso,até porque você nunca teve uma pessoa amada tão longe assim.
Luan: Tenho a minha vó,então sei como é essa sensação. Porém,eu acho que a sua é mais intensa porque é mais recente,e você tinha uma ligação 24 horas. - explicou e eu concordei - Bom,chega de papo,e vamos entrar nesse troço logo? Quero saber como é isso por dentro - riu e eu fui a primeira a entrar.
Subi uma escadinha,e Luan veio atrás. A escadinha era com mais ou menos 12 degraus para chegar ao topo,e enfim entrar na casinha que foi feita com tanto amor,e que é muito especial pra mim. Não só pra mim,mas também para minha mãe que viu tudo isso acontecer.
Enquanto eu estava subindo,percebi Luan resmungar.
Luan: Visão boa - disse safado,falando baixinho
Nathallia: Luan! - falei nervosa,e ele me olhou espantado
Luan: Aí meu Deus,que foi?
Nathallia: Larga de ser safado! - disse indignada - Eu ouvi tá?
Luan: Nã...não. Eu tava falando do local da casinha,que é tão verde,com uma natureza exuberante,uma natureza linda... - disfarçou,e eu revirei os olhos
Nathallia: Depois a gente se resolve viu? Danado. - falei séria,e ele riu
Luan: Bora se resolver lá em casa - riu e eu dei-lhe alguns tapas - Aí,para,para! - disse,e eu parei - Você é malvada! - disse massageando o braço direito
Nathallia: Entra logo - disse já dentro da casinha,que não era muito pequena,e cabia eu e Luan sentados ou deitados lá tranquilamente - Faz tanto tempo que eu vim aqui - sorri encantada - Tá tudinho do mesmo jeito que eu deixei - sorri boba.
Luan: Rapaiz,acho que dá pra eu morar aqui por um tempinho,em? - disse zoando e eu ri.
Nathallia: Não inventa Gordo - ri - Isso aqui é de anão.
Luan: É mesmo em... Isso pode servir de casinha pra Bruna - riu e e ri também.
Nathallia: Para Luan. Deixa de onda vai - ri - Eu adorava ficar aqui. Era o meu refúgio.
Luan: Esse negócio não vai despencar não? - disse olhando o lado de fora em uma janelinha.
Nathallia: Não Luan,se não despencou até agora,não despenca por enquanto. Gostou da My House?
Luan: Mai o que? - perguntou confuso - Rose? Aquela do Titanic? - perguntou e eu ri
Nathallia: Não seu besta! - ri - My House é minha casa em inglês.
Luan: A tá... eu não manjo do inglês. - riu
Nathallia: Percebi mesmo. Vamos ficar aqui um pouquinho? - perguntei e ele concordou. Em seguida,ele deitou,e bateu de leve no piso de madeira para que eu deitasse ao seu lado. O obedeci e deitei colocando a cabeça em seu peito. Ali ficamos,conversando,olhando pro nada,e as vezes em silêncio,somente ouvindo o barulho da natureza.
Era tão bom ficar coladinho com a pessoa que a gente ama,coladinho com alguém que te faz,que te quer bem a qualquer custo,e faz de tudo por você. Ficamos juntinhos assim por um bom tempo,e quando nos demos conta,já era hora do almoço. Saímos da casinha,e eu o guiei novamente na volta pra chegar em casa de novo. A natureza calma servia como música para nós dois,sem ninguém pra dizer que "um dia vocês não namorar". Mas,no fundo,no fundo,eu já sabia que a gente pelo menos iria ficar assim,sozinhos um junto com o outro,curtindo o que cada um tem a oferecer. A voz de Luan servia como melodia em meus ouvidos,e seus toques me arrepiavam de um jeito que só ele conseguia fazer. Seus beijos eram doces e muito macios... Me deixando cada vez mais apaixonada por aquele que esteve sempre perto de mim,que fez e faz parte da minha vida. Por aquele que sabe de tudo o que eu passei,e que me entende como ninguém. Aquele que me ajuda quando precisa,e que me irrita o suficiente pra eu ficar nervosa,e em meio a isso,consegue arrancar vários sorrisos de mim,mesmo em momentos difíceis da minha vida. Só ele tem o poder de tudo isso,só ele tem o poder de me tê-lo em suas mãos.
...
Fabiana: Demoraram em? - riu piscando o olho pra mim,me fazendo rir de seus atitude - O almoço tá pronto. Bora? - perguntou e Luan parecia um novo "Ayrton Senna",porque correu pra chegar na cozinha primeiro que eu.
Nathallia: Ah,assim não vale - ri recuperando o fôlego,pois a gente tinha apostado uma corrida pra ver quem chegava primeiro na cozinha - Você correu primeiro! - reclamei
Luan: A vá,nem vem. Você não corre nada e depois quer botar a culpa em mim? - riu - Tô com uma fome... - disse,e eu ri
Nathallia: Como se fosse novidade. - me sentei ao lado da minha mãe à mesa.
Bruna: Se puder ele come até um elefante - riu
Marizete: Bora almoçar,porque aposto que os dois mocinhos aqui - disse falando de nós - Estão morrendo de fome - riu e almoçamos em um clima super agradável.
Quando nos reuniamos assim,parecia que éramos da mesma família. Luan e suas palhaçadas arrancavam risadas de todos na cozinha. Bruna e suas ironias fazia Luan ficar nervoso,e se atrapalhar todo. Minha mãe e meu padrasto me irritavam,me fazendo ficar nervosa,mas depois revendo os fatos,eu acabava rindo. E era muito engraçado.
Depois do almoço,o pessoal se reuniu na sala pra conversar e tudo mais,foi aí que eu me preocupei.
Luan havia saido,e ainda não tinha chegado. Tia Marizete estava preocupada com a demora dele. E o que mais me chamou atenção era Tio Amarildo,ele não estava preocupado. Estranhei,e resolvi averiguar isso.
Nathallia: Sabe onde o Luan está tio? - perguntei e ele me olhou espantado
Amarildo: Lógico que não,nem sei pra onde ele foi. - disse disfarçado... algo não me cheirava bem.
LUAN NARRANDO...
O almoço foi muito bacana,e foi bem descontraído. Depois de almoçarmos,eu sai da chácara,na intenção de buscar o pessoal da minha produção que viria para a chácara,e para buscar uma surpresinha da Nathallia,um buquê lindo de rosas vermelhas,com um cartão escrito: "Do nada você virou tudo,por isso te pergunto,quer namorar comigo?". Eu iria pedir Nathallia em namoro para toda a nossa família. Seria o nosso amor divulgado para os nossos parentes.
Luan: E aí Boi,tá tudo certo? - perguntei para Testa que estava ao meu lado.
Marla: A Natty vai adorar - sorriu
Luan: Espero que sim... - sorri de canto.
Testa: Relaxa cara,vai dar tudo certo. - disse pegando em meu ombro
Luan: Então tá... - respirei fundo - Vamos? - sorri e entrei no carro na qual eu levaria Marla e Testa para a chácara,pois o restante passaria o dia com familiares.
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Como vai ser essa surpresa? *o* #Torcandopelocasalmaisfofo
Comentem o que acharam,e até o próximo capítulo!!
Ass.: Maria Fernanda ♥
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