Nathallia: Super simpática - falei - Mas,e aí,como anda a vida?
Lucas: Tá indo como deve ser - sorriu - Estou trabalhando,e acabei de entrar numa faculdade de advocacia! - disse animado e eu fiquei feliz por ele
Nathallia: Caraca,Lucas! - sorri - Parabéns! - o abracei - Você merece,gatão - ri
Lucas: Obrigado - sorriu - Só tenho que me acostumar a ler mais. Não sou muito chegado a leitura. - fez careta
Nathallia: Pois lamento dizer,mas você escolheu umas das profissões que mais se lê - ri
Lucas: Eu sei,mas vou me acostumar. Isso é o de menos,mas o que importa mesmo é eu gostar do que eu estou fazendo - sorriu
Nathallia: Concordo,também penso assim. Por isso que entrei na área médica,porque gosto é é algo que me faz bem - sorri
Lucas: Tem que ser assim,se não,que graça tem? - perguntou e eu concordei
...
Fabiana: Pra que ele veio até aqui? - perguntou séria e eu a encarei
Nathallia: Veio me visitar,é isso que os amigos fazem,não é?
Fabiana: Já falei que não quero ele de amizade com você.
Nathallia: Qual é o problema,em? O que ele tem de errado?
Fabiana: Nada...
Nathallia: Então não tem porque eu deixar de ter uma amizade com ele.
Fabiana: Ele é homem
Nathallia: E o que isso tem a ver? Nada! Você foi no casamento da filha de um amigo seu de faculdade,e ninguém achou o cúmulo,mas eu não posso ter amizade com o Lucas,só porque ele é homem? - falei séria - Para. Acho que isso já tá passando dos limites - me distanciei dela,a deixando sozinha com seus pensamentos na sala.
Além de não querer que eu morasse sozinha,ela ainda implicava com Lucas? Isso não poderia estar acontecendo. Só pode ser um sonho,só pode! Nunca soube o porque minha mãe implicava tanto com Lucas,ele nunca fez nada de errado nem comigo e muito menos com ela. Essa história de que Lucas era homem,e por isso não poderia ser meu amigo estava sem nexo. Ela mesmo sempre me disse que acreditava numa amizade entre homem e mulher,e porque esse discurso todo contrariado quanto a esse assunto agora? As vezes minha mãe conseguia ser mais bipolar do que eu.
Em meio a toda essa confusão,deixei esse assunto de lado e me importei em descansar,e ouvir minha música. Depois,fui arrumar meu guarda roupa,que falando sério,estava uma bagunça só. Acabei encontrando várias roupas que eu nem usava mais,e que com certeza não me servia mais. Separei tudo em um saco,e depois iria levar em algum orfanato,como forma de doação. Eu me sentiria bem fazendo isso,até porque é um voto para fazer com que outras pessoas tenham um melhor conforto.
Em minha opinião,todos nós deveríamos pelo menos separar uma hora,um dia... para fazer o bem pra alguém. Isso pode mudar uma vida,e vai fazer um bem enorme pra quem faz. A pessoa que pratica uma caridade,se sente livre,leve,liberta daquelas coisas ruins que a rodeiam. E é isso que eu realmente queria.
Estava quase anoitecendo,então resolvi levar essas roupas no dia seguinte,de tarde.
Depois de enrolar mil anos no quarto,voltei pra sala. Meu padrasto havia chegado e eu nem tinha visto.
Nathallia: Nem tinha visto que você tinha chegado,Rick - sorri
Ricardo: Cheguei... - disse sério,e eu estranhei
Nathallia: Tá tudo bem? Tudo bem na empresa? - perguntei e ele assentiu
Ricardo: Tudo em mil maravilhas.
Nathallia: E essa cara aí é porque?
Ricardo: Umas coisas... Quero conversar comvocê depois do jantar.
Nathallia: Algo de importante? - perguntei e ele assentiu
Ricardo: Pra mim sim. - disse aumentando o volume da TV no controle.
Olhei pra minha mãe que estava de costas e respirei fundo. É,era sério.
Eu imaginava o que poderia ser o assunto de tamanha importância,mas ao mesmo tempo não imaginava nada,não sabia de nada. É confuso,mas é real.
Depois de ficar mexendo no celular,e perguntando milhares de vezes para Cris,no whats,se ela estava bem e se iria sair mesmo do hospital no dia seguinte,fui jantar.
Jantamos em silêncio,até Rick começar a falar com minha mãe sobre uns casos policiais que haviam passado no notíciario da TV. Fiquei quieta,jantando. Depois do jantar,levei meu prato até a pia,e quando ia saindo da cozinha,meu padrasto me chamou.
Ricardo: Natty? - me chamou e eu voltei - Vem cá,senta aqui. - puxou a cadeira pra eu sentar
Nathallia: O que foi?
Ricardo: Quero conversar com vocês... - disse se referindo a mim e a minha mãe
Nathallia: Sobre? - perguntei curiosa
Ricardo: Sobre a tal história de você querer morar sozinha - disse e eu engoli em seco.
Nathallia: Se for pra brigar e... - ele me interrompeu
Ricardo: Não é pra brigar. É um simples diálogo,somente isso. Pode? - perguntou e eu assenti,me sentando na cadeira - Primeiro,você - disse a minha mãe - porque não quer deixá-la morar sozinha?
Fabiana: O mundo está perigoso demais pra ela qurer morar sozinha agora.
Ricardo: E vai prender sua filha em um casulo pra sempre? - perguntou e minha mãe se calou - E você,porque quer morar sozinha?
Nathallia: Não quero ficar dependendo dos outros pra me sustentar. Sou adulta,tenho 22 anos,vou fazer 23 e ainda dependo dos meus pais? Não quero isso.
Ricardo: E por isso precisa discutir com as pessoas,principalmente com sua mãe? - perguntou e eu me calei. Sim,ele estava certo. Não era assim que se poderia resolver uma questão como essa. Seria somente a base de um diálogo civilizado
Fabiana: Por isso que eu não deixo! Não quero que se distancie de mim.
Nathallia: Mãe,eu não vou me distanciar de você! Tenho telefone,sei onde você mora,porque eu iria te abandonar? - perguntei e ela negou com a cabeça,depois a abaixou
Ricardo: Tá na hora da Natty conhecer o mundo,e cuidar da vida que ela está construindo. Não podemos privá-la de algo que é natural do ser humano.
Fabiana: Jura que não vai se distanciar de mim,e muito menos me deixar na mão?
Nathallia: Mãe,me diz uma vez que te deixei na mão. - falei e ela ficou em silêncio
Fabiana: Espero que saiba o que está fazendo,meu amor - disse e eu sorri
Nathallia: Mãe,sei me cuidar. A senhora sabe disso. Não pense que eu sou uma inútil. Sei exatamente o que fazer,e tenho certeza do que eu quero. - falei e ela olhou meu padrasto
Fabiana: Sabe alguma imobilária bacana aqui perto? - perguntou e eu sorri
Nathallia: AHHHHH,MÃE EU TE AMOOOO! - falei a abraçando,e beijando sua bochecha,totalmente eufórica
Fabiana: Ah - riu - eu também,mas se acostume porque eu vou te visitar toda semana,ouviu? - sorriu e beijou minha testa.
Nathallia: Obrigada Rick - falei o abraçando forte. Ele era o melhor "pai" do mundo.
Rick sempre teve este conceito de que um bom diálogo resolveria qualquer problema. E resolveu mesmo. Sempre me ajudando quando eu precisava,Rick parecia um pai pra mim,um irmão,um parceiro para todas as horas.
Fui para o meu quarto pulando de alegria,ela tinha deixado!!! Eu iria morar sozinha! Não tão sozinha,porque Cris estaria comigo,mas mesmo assim já é um grande avanço. Dormi super feliz e já imaginando a decoração da minha casa,o quarto,banheiro e tudo mais.
...
No dia seguinte,acordei,fiz minhas higienes e fui até um orfanato para levar aquele monte de roupas pra doação. Tinha algumas roupas minhas de quando eu era criança,e quando adolescente,que era a maioria.
Saí de casa com aquela sacola gigante,e meu padrasto disse que iria me levar até lá. Aceitei a carona,e fui com ele até a porta do orfanato. Na noite anterior eu tinha ligado no orfanato,dizendo que iria levar algumas roupas para as crianças. Meu nome estava na portaria,e eles pediram que eu entrasse para dentro,e entregasse nas mãos da diretora do lugar. Não queria entrar muito,mas mesmo assim entrei. Meu padrasto ficou no carro,me aguardando.
Entrei no local,e dei de cara com algumas recepcionistas. Falei meu nome,e eles autorizaram a entrada,me encaminhando para a casa da diretoria. Fui caminhando pelos corredores,até chegar na porta da diretora,bati três vezes,e ela abriu com um belo sorriso no rosto.
Diretora: Você deve ser a Nathallia Carolinne,estou certa? - perguntou e eu assenti - Venha,entre - disse e eu entrei na sala com a grande sacola de roupas - fiquei sabendo que está com doações de roupas para o orfanato.
Nathallia: Isso mesmo - sorri - estavam sem utilidade nenhuma lá em casa,então resolvi dar um bom destino a todas elas - falei colocando a sacola no chão,e tirando uma peça de roupa - Está em ótimo estado - falei e ela pegou,analisando
Diretora: Muito bem,aposto que nessa sacola tem muitas outras roupas bonitas,pelo o que vejo tem ótimo gosto - sorriu e eu agradeci - As crianças vão adorar prinicipalmente meus quase adultos - riu e eu também
Nathallia: Essa outra sacola aqui - tirei de dentro da sacola maior - é roupas da minha mãe,e do meu padrasto também. - mostrei a ela e ela agradeceu.
Diretora: Agradeço pelo ato de bondade com o nosso orfanato. As crianças vão adorar tudo isso aqui - riu - Ah,desculpe,nem me apresentei... Sou Susan,a diretora do orfanato. - estendeu a mão e eu a cumprimentei
Nathallia: Agora,tenho que ir,meu padrasto está me aguardando.
Susan: Não quer conhecer as crianças? Elas vão ficar felizes em saber que você doou coisas pra elas.
Nathallia: Eu posso vê-las? - perguntei admirada
Susan: Claro! Toda visita é bem vinda - sorriu - vamos? - pegou em meu braço,me puxando levemente.
Seguimos pelos corredores e ela disse que já tinha avisado a todos que uma doação grande de roupas havia sido feita,e que as crianças ficaram pulando de alegria. Confesso,que meu coração amoleceu ao ver todas aquelas crianças brincando e correndo,me agradecendo pela doação. As lágrimas caíram sobre o rosto,pois não as contive.
Primeiro passei na sessão de recém nascidos. Eles eram fofos demais,e confesso que ver todos eles e lembrar que estão sem família,doeu demais. Peguei alguns no colo,e me senti a melhor pessoa do mundo naquele momento.
Depois,passei na sessão de crianças de 1 a 5 anos de idade. Eles corriam,brincavam,pulavam,beijavam... e o que mais me deixou surpresa foi o sorriso lindo no rosto de cada um deles.
Enquanto observava cada criança,uma veio ao meu encontro,me chamando a atenção. Sorri pra ela que pegou em minha mão,e apertou carinhosamente. Me sentei no chão para falar com ela,que pareceu ser fofa.
Xxx: Oi - sorriu
Nathallia: Oi,tudo bem com você? - ela concordou
Xxx: Você ajudou a gente - sorriu - obrigada tia! - me abraçou,e meu coração ficou menor do que uma azeitona. As lágrimas foram gratuitas - Não chora,tia - disse enxugando minhas lágrimas.
Nathallia: Foi um cist... - ela me interrompeu
Xxx: Eu sei que não foi um cisto,não precisa disfarçar - concluiu e eu sorri
Nathallia: Não se acha espertinha demais,não? - fiz cócegas nela que riu
Xxx: Sou normal. - riu
Nathallia: Qual é o seu nome?
Xxx: Alice,e o seu? - perguntou curiosa e sapeca
Nathallia: Me chamo Nathallia. Com um H e dois L... Mas pode me chamar de Natty.
Alice: Vou te chamar de Tia Natty - sorriu pegando em minha mão
Nathallia: Quantos anos você tem?
Alice: Eu tenho 4,mas vou fazer 5 - disse e eu sorri
Susan: Vamos para o pátio? - disse pra mim e eu concordei,me levantando do chão
Alice: Deixa eu ir com ela,Barbie? - perguntou e ela concordou
Nathallia: Porque ela te chama de Barbie?
Susan: Por causa do meu nome,Susan. Ela diz que tenho nome de boneca Barbie - riu negando,enquanto a meninha ia de mão dada comigo a caminho do pátio.
Chegamos até a parte do pátio,e ouvi um barulho de violão,uma voz cantarolando,pra mim era conhecida. Não me importei muito e me juntei ao amontoado de adolescentes,e pré-adolescentes. Alice me pediu pra que eu a colocasse no colo,para ver melhor quem cantava. Eu não estava vendo nada,sou baixinha,então sem chances. Quando todos sentaram no chão para prestar atenção nas palavras do tal cantor,eis que a minha maior surpresa caiu como um paraquedas.
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Nathallia super emocionada com a fofura da Alice <3 Já pensou que fofinho as duas,juntinhas? *-* É muito amor envolvido. E quem será o cantor misterioso? Nem preciso dizer,né? KKKKK
Comentem o que acharam do capítulo de hoje e até a próxima ;)
Ass.: Maria Fernanda ♥
Em minha opinião,todos nós deveríamos pelo menos separar uma hora,um dia... para fazer o bem pra alguém. Isso pode mudar uma vida,e vai fazer um bem enorme pra quem faz. A pessoa que pratica uma caridade,se sente livre,leve,liberta daquelas coisas ruins que a rodeiam. E é isso que eu realmente queria.
Estava quase anoitecendo,então resolvi levar essas roupas no dia seguinte,de tarde.
Depois de enrolar mil anos no quarto,voltei pra sala. Meu padrasto havia chegado e eu nem tinha visto.
Nathallia: Nem tinha visto que você tinha chegado,Rick - sorri
Ricardo: Cheguei... - disse sério,e eu estranhei
Nathallia: Tá tudo bem? Tudo bem na empresa? - perguntei e ele assentiu
Ricardo: Tudo em mil maravilhas.
Nathallia: E essa cara aí é porque?
Ricardo: Umas coisas... Quero conversar comvocê depois do jantar.
Nathallia: Algo de importante? - perguntei e ele assentiu
Ricardo: Pra mim sim. - disse aumentando o volume da TV no controle.
Olhei pra minha mãe que estava de costas e respirei fundo. É,era sério.
Eu imaginava o que poderia ser o assunto de tamanha importância,mas ao mesmo tempo não imaginava nada,não sabia de nada. É confuso,mas é real.
Depois de ficar mexendo no celular,e perguntando milhares de vezes para Cris,no whats,se ela estava bem e se iria sair mesmo do hospital no dia seguinte,fui jantar.
Jantamos em silêncio,até Rick começar a falar com minha mãe sobre uns casos policiais que haviam passado no notíciario da TV. Fiquei quieta,jantando. Depois do jantar,levei meu prato até a pia,e quando ia saindo da cozinha,meu padrasto me chamou.
Ricardo: Natty? - me chamou e eu voltei - Vem cá,senta aqui. - puxou a cadeira pra eu sentar
Nathallia: O que foi?
Ricardo: Quero conversar com vocês... - disse se referindo a mim e a minha mãe
Nathallia: Sobre? - perguntei curiosa
Ricardo: Sobre a tal história de você querer morar sozinha - disse e eu engoli em seco.
Nathallia: Se for pra brigar e... - ele me interrompeu
Ricardo: Não é pra brigar. É um simples diálogo,somente isso. Pode? - perguntou e eu assenti,me sentando na cadeira - Primeiro,você - disse a minha mãe - porque não quer deixá-la morar sozinha?
Fabiana: O mundo está perigoso demais pra ela qurer morar sozinha agora.
Ricardo: E vai prender sua filha em um casulo pra sempre? - perguntou e minha mãe se calou - E você,porque quer morar sozinha?
Nathallia: Não quero ficar dependendo dos outros pra me sustentar. Sou adulta,tenho 22 anos,vou fazer 23 e ainda dependo dos meus pais? Não quero isso.
Ricardo: E por isso precisa discutir com as pessoas,principalmente com sua mãe? - perguntou e eu me calei. Sim,ele estava certo. Não era assim que se poderia resolver uma questão como essa. Seria somente a base de um diálogo civilizado
Fabiana: Por isso que eu não deixo! Não quero que se distancie de mim.
Nathallia: Mãe,eu não vou me distanciar de você! Tenho telefone,sei onde você mora,porque eu iria te abandonar? - perguntei e ela negou com a cabeça,depois a abaixou
Ricardo: Tá na hora da Natty conhecer o mundo,e cuidar da vida que ela está construindo. Não podemos privá-la de algo que é natural do ser humano.
Fabiana: Jura que não vai se distanciar de mim,e muito menos me deixar na mão?
Nathallia: Mãe,me diz uma vez que te deixei na mão. - falei e ela ficou em silêncio
Fabiana: Espero que saiba o que está fazendo,meu amor - disse e eu sorri
Nathallia: Mãe,sei me cuidar. A senhora sabe disso. Não pense que eu sou uma inútil. Sei exatamente o que fazer,e tenho certeza do que eu quero. - falei e ela olhou meu padrasto
Fabiana: Sabe alguma imobilária bacana aqui perto? - perguntou e eu sorri
Nathallia: AHHHHH,MÃE EU TE AMOOOO! - falei a abraçando,e beijando sua bochecha,totalmente eufórica
Fabiana: Ah - riu - eu também,mas se acostume porque eu vou te visitar toda semana,ouviu? - sorriu e beijou minha testa.
Nathallia: Obrigada Rick - falei o abraçando forte. Ele era o melhor "pai" do mundo.
Rick sempre teve este conceito de que um bom diálogo resolveria qualquer problema. E resolveu mesmo. Sempre me ajudando quando eu precisava,Rick parecia um pai pra mim,um irmão,um parceiro para todas as horas.
Fui para o meu quarto pulando de alegria,ela tinha deixado!!! Eu iria morar sozinha! Não tão sozinha,porque Cris estaria comigo,mas mesmo assim já é um grande avanço. Dormi super feliz e já imaginando a decoração da minha casa,o quarto,banheiro e tudo mais.
...
No dia seguinte,acordei,fiz minhas higienes e fui até um orfanato para levar aquele monte de roupas pra doação. Tinha algumas roupas minhas de quando eu era criança,e quando adolescente,que era a maioria.
Saí de casa com aquela sacola gigante,e meu padrasto disse que iria me levar até lá. Aceitei a carona,e fui com ele até a porta do orfanato. Na noite anterior eu tinha ligado no orfanato,dizendo que iria levar algumas roupas para as crianças. Meu nome estava na portaria,e eles pediram que eu entrasse para dentro,e entregasse nas mãos da diretora do lugar. Não queria entrar muito,mas mesmo assim entrei. Meu padrasto ficou no carro,me aguardando.
Entrei no local,e dei de cara com algumas recepcionistas. Falei meu nome,e eles autorizaram a entrada,me encaminhando para a casa da diretoria. Fui caminhando pelos corredores,até chegar na porta da diretora,bati três vezes,e ela abriu com um belo sorriso no rosto.
Diretora: Você deve ser a Nathallia Carolinne,estou certa? - perguntou e eu assenti - Venha,entre - disse e eu entrei na sala com a grande sacola de roupas - fiquei sabendo que está com doações de roupas para o orfanato.
Nathallia: Isso mesmo - sorri - estavam sem utilidade nenhuma lá em casa,então resolvi dar um bom destino a todas elas - falei colocando a sacola no chão,e tirando uma peça de roupa - Está em ótimo estado - falei e ela pegou,analisando
Diretora: Muito bem,aposto que nessa sacola tem muitas outras roupas bonitas,pelo o que vejo tem ótimo gosto - sorriu e eu agradeci - As crianças vão adorar prinicipalmente meus quase adultos - riu e eu também
Nathallia: Essa outra sacola aqui - tirei de dentro da sacola maior - é roupas da minha mãe,e do meu padrasto também. - mostrei a ela e ela agradeceu.
Diretora: Agradeço pelo ato de bondade com o nosso orfanato. As crianças vão adorar tudo isso aqui - riu - Ah,desculpe,nem me apresentei... Sou Susan,a diretora do orfanato. - estendeu a mão e eu a cumprimentei
Nathallia: Agora,tenho que ir,meu padrasto está me aguardando.
Susan: Não quer conhecer as crianças? Elas vão ficar felizes em saber que você doou coisas pra elas.
Nathallia: Eu posso vê-las? - perguntei admirada
Susan: Claro! Toda visita é bem vinda - sorriu - vamos? - pegou em meu braço,me puxando levemente.
Seguimos pelos corredores e ela disse que já tinha avisado a todos que uma doação grande de roupas havia sido feita,e que as crianças ficaram pulando de alegria. Confesso,que meu coração amoleceu ao ver todas aquelas crianças brincando e correndo,me agradecendo pela doação. As lágrimas caíram sobre o rosto,pois não as contive.
Primeiro passei na sessão de recém nascidos. Eles eram fofos demais,e confesso que ver todos eles e lembrar que estão sem família,doeu demais. Peguei alguns no colo,e me senti a melhor pessoa do mundo naquele momento.
Depois,passei na sessão de crianças de 1 a 5 anos de idade. Eles corriam,brincavam,pulavam,beijavam... e o que mais me deixou surpresa foi o sorriso lindo no rosto de cada um deles.
Enquanto observava cada criança,uma veio ao meu encontro,me chamando a atenção. Sorri pra ela que pegou em minha mão,e apertou carinhosamente. Me sentei no chão para falar com ela,que pareceu ser fofa.
Xxx: Oi - sorriu
Nathallia: Oi,tudo bem com você? - ela concordou
Xxx: Você ajudou a gente - sorriu - obrigada tia! - me abraçou,e meu coração ficou menor do que uma azeitona. As lágrimas foram gratuitas - Não chora,tia - disse enxugando minhas lágrimas.
Nathallia: Foi um cist... - ela me interrompeu
Xxx: Eu sei que não foi um cisto,não precisa disfarçar - concluiu e eu sorri
Nathallia: Não se acha espertinha demais,não? - fiz cócegas nela que riu
Xxx: Sou normal. - riu
Nathallia: Qual é o seu nome?
Xxx: Alice,e o seu? - perguntou curiosa e sapeca
Nathallia: Me chamo Nathallia. Com um H e dois L... Mas pode me chamar de Natty.
Alice: Vou te chamar de Tia Natty - sorriu pegando em minha mão
Nathallia: Quantos anos você tem?
Alice: Eu tenho 4,mas vou fazer 5 - disse e eu sorri
Susan: Vamos para o pátio? - disse pra mim e eu concordei,me levantando do chão
Alice: Deixa eu ir com ela,Barbie? - perguntou e ela concordou
Nathallia: Porque ela te chama de Barbie?
Susan: Por causa do meu nome,Susan. Ela diz que tenho nome de boneca Barbie - riu negando,enquanto a meninha ia de mão dada comigo a caminho do pátio.
Chegamos até a parte do pátio,e ouvi um barulho de violão,uma voz cantarolando,pra mim era conhecida. Não me importei muito e me juntei ao amontoado de adolescentes,e pré-adolescentes. Alice me pediu pra que eu a colocasse no colo,para ver melhor quem cantava. Eu não estava vendo nada,sou baixinha,então sem chances. Quando todos sentaram no chão para prestar atenção nas palavras do tal cantor,eis que a minha maior surpresa caiu como um paraquedas.
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Nathallia super emocionada com a fofura da Alice <3 Já pensou que fofinho as duas,juntinhas? *-* É muito amor envolvido. E quem será o cantor misterioso? Nem preciso dizer,né? KKKKK
Comentem o que acharam do capítulo de hoje e até a próxima ;)
Ass.: Maria Fernanda ♥