domingo, 17 de julho de 2016

Capítulo 112

Voltei para dentro do orfanato,livre,leve e solto. Estava me sentindo bem. Me sentei ao lado de Alice,que brincava com uma boneca. Ela me olhou,e sorriu. Eu retribui o sorriso na mesma intensidade. 

Alice: Você é o meu pai,e ela vai ser minha mãe - sorriu e voltou a brincar. 

Como uma criança pode ser tão sentimental e tão sábia sem saber das coisas? Eu fiquei me perguntando isso o tempo todo,mas será? 

Luan: Quer que ela seja sua mãe? - perguntei 

Alice: Sim

Luan: Porque? 

Alice: Porque vocês se beijaram,e amigos não se beijam. Então,vocês são meus pais - disse e eu fiquei boquiaberta 

Luan: Beijo? Que beijo menina? - perguntei e ela riu toda fofa 

Alice: Quando a mamãe estava indo embora. Você foi atrás dela,e beijou ela. 

Luan: Não foi bem um beijo - sussurrei e ela riu 

Alice: Foi sim,papai - disse e eu ri negando 

Luan: Como você ficou sabendo disso? 

Alice: O vô me contou. - disse inocente

Luan: Vô? 

Alice: É,o vô. Ele disse que vocês iam se beijar. 

Luan: Para de brincadeira,danadinha. Você saiu da sala - fiz cócegas nela que riu - e tá falando que não. 

Alice: É verdade! O vô me falou. Ele disse que apoia vocês dois como meus pais e como namorado e namorada. 

Luan: Que vô é esse,fala pra mim? - perguntei 

Alice: É o...

Susan: Nathallia já foi embora? - perguntou pra mim,interrompendo Alice,que voltou a brincar tranquilamente 

Luan: É,ela... - olhei pra Alice que brincava 

Susan: Tá tudo bem? - perguntou e eu assenti 

Luan: Sim,sim... A Nathallia já foi sim. - sorri amarelo 

Susan: Tudo bem. Eu adorei ela,e ela amou as crianças - riu 

Luan: Ela adora crianças. Sempre gostou - sorri ao lembrar 

Susan: Se conhecem a muito tempo? 

Luan: Sim,nos conhecemos. 

Alice: Desde quando eles eram pequenininhos,igual eu! - riu sapeca,e eu a olhei arregalado. COMO ELA SABE DISSO? 

Susan: Verdade? - perguntou e eu assenti 

Luan: S-sim - sorri - eu... tenho que ir - falei pegando Alice nos braços - Beijo minha princesa,e depois a gente conversa sobre esse assunto,viu? - sussurrei e ela riu,beijando minha bochecha. A coloquei no chão novamente,e cumprimentei Susan - muito obrigado,viu? To aqui se precisar de novo - sorri 

Susan: Eu que agradeço a sua presença aqui,venha sempre nos visitar 

Luan: Claro,até porque agora sou pai - ri de Alice que brincava 

Susan: Isso mesmo - sorriu 

Deixei o orfanato com uma pulga enorme atrás da orelha... Nathallia havia contado que nos conhecemos desde criança para Alice? Porque? Alice era uma criança,e pra que ela precisava saber disso? Se bem que Alice é uma criança esperta,sapeca principalmente,mas porque ao invés de "mamãe" ou "tia Natty" ela disse vô? Ela não saiu da sala,e não havia nenhum "vô" por lá,a não ser Susan,mas ela nem é vó,é nova e não merece ser chamada de vó ainda. Se não é ela,então quem? 

Fiquei com essas dúvidas na cabeça,e pra distrair resolvi comprar uma água de coco e tomar debaixo de uma sombra tranquilamente. Sou uma pessoa que pensa,pensa e as vezes nem saio do lugar,e é exatamente isso o que me ocorre nesse momento. Eu girava,girava e girava,mas nada vinha a minha cabeça. Isso era ruim. 

NATHALLIA NARRANDO... 

Entrei no carro ainda com lágrimas nos olhos. Ricardo me olhou e sorriu,pois sabia que tudo isso mexia comigo. 

Ricardo: Não pensei que fosse ficar assim - disse enquanto dava partida no carro 

Nathallia: Pra você ter ideia,nem eu pensei - sorri fraco,limpando as lágrimas do rosto 

Ricardo: Eu me surpreendi,com tudo,tudo mesmo. Foi uma surpresa todas aquelas crianças,a pequeninina,o Lu... - o interrompi 

Nathallia: Realmente,foi bem surpreendente. - sorri - A Alice foi uma surpresa pra mim. Como tão pequena e tão esperta? - ri 

Ricardo: É de se admirar - riu - Tão esperta... e pensar que quando eu tinha aquela idade eu me imaginava sempre em um foguete - disse e eu ri 

Nathallia: A raça humana evoluiu,Rick - falei rindo e ele me olhou rapidamente sério,mas depois riu também 

Ricardo: Não me zoa também. Não te dei esse direito - gargalhou 

Nathallia: Sabe que eu te amo,não é? - pisquei pra ele que riu 

Ricardo: E o Luan? 

Nathallia: Luan? Que Luan? 

Ricardo: Sabia que até a Alice consegue ser mais esperta do que você? 

Nathallia: Ele tá lá e eu aqui. Ponto 

Ricardo: Vocês estavam mais juntos,sabe...

Nathallia: Só la dentro,por causa da Alice - falei e ele deu de ombros 

Ricardo: E você não desejaria que fosse aqui fora também? - perguntou e foi como uma pontada no meu coração 

Nathallia: As coisas não são assim,Rick. Você sabe até mais que eu.

Ricardo: Okay,desculpa - disse recuando no que disse - Você tem razão,essas coisas não são fáceis. Somente espero que saiba o que está fazendo - disse e eu assenti 

Nathallia: Dessa vez,eu sei - falei firme

Mudamos de assunto e fomos conversando o caminho todo assim,até em casa. Ri muito das palhaçadas de Ricardo,que apesar de ser um adulto,é uma criança tão elétrica. 

Essa conversa com Ricardo me fez pensar sobre tudo isso. Não vou ceder aos encantos de Luan para ele fazer o que fez comigo novamente. Isso não existe! Não é certo iludir uma pessoa mais de uma vez,sempre com a mesma história. Mas,apesar disso eu somente tenho certeza de uma coisa,eu ainda o amo demais. 

Chegamos em casa,e minha mãe me perguntou como havia sido no orfanato. 

Nathallia: Foi legal,arrumei uma filha por lá! - ri 

Fabiana: O que? - riu - explica essa história direito 

Nathallia: A Alice é uma menininha que simpatizou comigo,e que disse que eu era a mãe dela - ri ao lembrar - Ela é fofa e tão inteligente 

Ricardo: Muito inteligente,amor. - disse - e teve outra coisa também - me olhou sorrindo 

Nathallia: Ah,eu prometi pra ela que vou sempre a visitar - falei disfarçando e ele riu alto,arrancando olhares da minha mãe que não entendeu nada 

Ricardo: Se não fala,eu falo - disse e eu o interrompi 

Nathallia: Ricardo... - falei e ele riu 

Ricardo: O Luan acidentalmente estava lá também. - disse e minha mãe sorriu 

Fabiana: Sério isso,amor? - perguntou e eu assenti - E aí? 

Nathallia: Normal,ele na dele e eu na minha - falei e Rick negoou. Ahhh,filho da mãe! 

Ricardo: Eles estavam parecendo dois amiguinhos de pré-escola,tudo a pedido de Alice. O que uma criança não faz,né? - riu e eu o olhei - Ela disse que os dois eram os pais dela daqui em diante. 

Fabiana: Que coisa fofa! - riu - eu tenho uma netinha! 

Nathallia: Da próxima vez que eu for lá,te mostro ela - ri 

Fabiana: O Luan tem realmente um coração de ouro - riu 

Ricardo: Ele tem sim,agora ele tem mais um motivo pra ir lá 

Nathallia: Rick,dá pra fechar a boca?! - perguntei irritada enquanto ele ria 

Fabiana: Porque tá irritada,meu amor? - riu e eu a olhei séria 

Nathallia: Vou na Cris - falei fugindo do assunto 

Fabiana: Eu vou com você! Me espera que eu vou pegar uma bolsa! - disse correndo pro quarto 

Ricardo havia me deixado irritada,até porque ele sabia das coisas e por isso falava. Depois ele tentou me fazer rir de todas as maneiras possíveis,e ele conseguiu. Não consigo ficar séria com gente que eu gosto. E é por isso que talvez eu não esteja tão brava assim com Luan. Maaaaas.... Melhor nem tocármos nesse assunto. 

Saímos de casa,rumo a casa de Cris. Meu padrasto não pode ir por conta da empresa,mas mesmo assim mandou abraços e melhoras pra Cris. Não demoramos a chegar em sua casa,era por volta das 15:10 da tarde e o cheirinho de comida invadia a casa dela. 

Celina: Oi meus amores - disse animada em nos ver - Que prazer receber vocês por aqui - riu nos cumprimentando 

Fabiana: O prazer é todo meu em estar aqui - riu - e a Cris? 

Celina: Tá almoçando,chegaram em ótima hora. Vamos almoçar? - perguntou e negamos - Venham,por favor - insistiu e fomos almoçar com elas. 

Nathallia: Amigaa! - disse a abraçando forte - Tá bem? 

Cristiane: Tô ótima agora,e você? - perguntou e eu confirmei 

Nathallia: Bem... E agora tá comendo direitinho,né? - sentei ao seu lado à mesa 

Cristiane: Não quero passar outro susto,né amiga? - riu tomando um gole do suco 

Nathallia: Que bom que sabe,né? - falei e ela riu negando - Não quero te ver desmaiada de novo - ri 

Cristiane: E aí,foi no orfanato? - perguntou e eu assenti

Nathallia: Fui sim,arranjei uma filha que destruiu com meu emocional - ri 

Cristiane: Eu sou titia! - sorriu besta,enquanto eu ri 

Nathallia: Mas,não foi somente isso. - falei e ela me olhou curiosa - O Luan tava lá... - falei e ela praticamente "congelou"

Cristiane: Ele... tava lá? - perguntou e eu assenti - como? 

Nathallia: Ele sempre ia visitar lá,e hoje bem no dia em que eu fui,ele estava lá. 

Cristiane: E aí,conta! - disse e eu ri de sua ansiedade 

Nathallia: Ele me beij... - ela me interrompeu sem eu terminar minha frase 

Cristiane: ELE TE BEIJOU?! - perguntou alto,e eu tapei sua boca 

Nathallia: Cala a boca!!! - reclamei e ela assentiu - Não quero que ninguém saiba,ouviu? - disse ela concordou 

Cristiane: Diz tudo,como foi? 

Nathallia: Ah,eu tava meio mal por conta do orfanato. Imaginando como seria se eu fosse uma criança sem pais,e quanto eu estava saindo ele quis conversar pra acabar com toda essa rivalidade. Ele me beijou... e só. Não vou me render aos encantos baratos dele. 

Cristiane: Isso pode ser um sinal para um novo recomeço com ele,já pensou nisso? 

Nathallia: Pra sofrer a mesma coisa de novo? - ri sarcástica - Jamais. 

Cristiane: Todo mundo merece uma segunda chance - protestou 

Nathallia: Mas tem certas pessoas que não. Tem pessoas que por mais que recebam mil chances irão fazer a mesma merda - falei e ela revirou os olhos 

Cristiane: Tá vendo o que o orgulho tá fazendo com você? - perguntou e eu neguei,mas no fundo sabia que era verdade. 

Nathallia: Estou sendo realista,e não orgulhosa - suspirei - vamos esquecer esse assunto... Vamos planejar a decoração da nossa futura casa? - falei e ela riu negando 

Mudei de assunto pois aquele já estava me irritando um pouco. Ficamos conversando sobre o fato da gente morar sozinha,e nos animamos. Era simplesmente um sonho,desde que conheci Cris a gente semple "planejou" morar juntas... Aquela coisinha clichê de amigas. Maaaas,finalmente isso vai realmente se realizar. Isso é ótimo pra mim e até pra ela. Ser mais responsável,ter mais recursos,saber melhor a dimensão das coisas. Era perfeito.

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Reencontro de Natty e Luan mexeu com ambos,não acham?? Hahahaha espero que saia um romance de novo... <3 Estamos aqui na torcida. 

Comentem o que acharam da história e até a próxima ;) 
Ass.: Maria Fernanda ♥

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Capítulo 111

Luan: Queria agrade... - parou me olhando,mas voltou a falar - agradecer todos vocês,meus fofos. E querem mais? - todos gritaram "Sim!",até mesmo Alice,toda pivete - Vou cantar uma música bem especial,e acho que vão gostar. - tocou uma nota no violão - mesmo que você não caia na minha cantada,mesmo que você conheça outro cara... ♪♫

E como eu fiquei? DERROTADA! Imóvel com Alice nos braços. Ela pediu pra descer,e eu a fiz. Em seguida,essa criatura linda pegou minha mão,correndo para perto do lugar onde Luan cantava,e não pude evitar que ela me puxasse. Ela parou ao lado do palco,e o que me impressionou foi que ela cantou a música toda,sem errar nenhuma letra. Me emocionei por Luan,pela música,pela  Alice,pela música que Luan cantava e que Alice também cantava. Chorei,lágrimas caíam sobre meu rosto,e eu não podia evitar. 

Ricardo: Não acha que já está na hora de parar de chorar tanto? - disse e eu me assustei 

Nathallia: Rick! - falei e ele riu 

Alice: Quem é ele? 

Nathallia: É o meu pad... - o olhei - É o meu pai. - disse e pude ver o sorriso no rosto de Rick. 

Alice: Seu pai é alto - riu sapeca 

Ricardo: Você que é pequenina demais - a pegou no colo,rindo 

Alice: Queria ter um pai - disse e eu engoli em seco 

Nathallia: Pode ter certeza que você vai ganhar um pai - sorri 

Alice: Vou falar com o Tio Luan - disse,enquanto Rick a largava no chão,e pudemos ver ela correndo,indo abraçar Luan,que acabara de cantar. Agora,quem se apresentava era um homem que contava histórias de um jeito divertido. Até eu ri. 

Luan: Oi Rick - disse o cumprimentando animado,e depois me olhou - Oi Nathallia - disse e eu sorri de leve. 

Alice: Cumprimenta ela também,Tio Luan! - disse danada,e eu ri negando,ele fez o mesmo. Luan se aproximou de mim,e me beijou na bochecha. Confesso que quando a gente já conhece o lábio um do outro,é difícil ficar só no beijinho na bochecha - Ela é minha nova tia! - sorriu feliz e eu também. 

Nathallia: Isso mesmo,sou sua nova tia - ri,e vi Rick e a diretora longe,com certeza Ricardo se afastou com a diretora para que eu e Luan ficássemos a sós. 

Luan: Não sabia que vinha aqui. - disse apertando levemente o narizinho de Alice,a fazendo rir 

Nathallia: É,eu vim pra trazer umas... - parei de falar - não te devo satisfações... 

Luan: Verdade,não deve mesmo - disse deixando Alice no chão - Mas,não precisava ser tão grossa. 

Nathallia: Só falei a verdade. Até porque não temos mais nada juntos. 

Luan: Tem razão - concordou sem me olhar,se distanciando. 

Alice correu atrás dele,e o puxou pelo braço de volta até onde eu estava. 

Alice: Tia,é feio falar assim com as pessoas. Pede desculpa pro meu Tio,pra ele não ficar triste - falou toda pidona,e eu não resisti 

Nathallia: Desculpa,Luan. - falei e ele concordou - Fui... grossa,desculpa 

Luan: Já tô acostumado - sorriu de leve e senti um peso enorme no meu coração

Alice: O Tio Ricardo tá chamando a gente! - disse puxando eu e Luan,um em cada bracinho... 

Essa menininha é terrível! Esperta demais pra idade dela. Como isso pode acontecer? 

Ricardo: Quer ficar mais um pouco? - me perguntou,mas Alice atropelou minhas palavras

Alice: Ela vai ficar só mais um pouco,Tio. Eu quero levar os dois pra brincar um pouco comigo! - falou e nós rimos. 

Ela foi pra sala dos brinquedos e pegou todas as bonequinhas dela pra brincar com a gente. Em seguida,Alice se sentou no chão,em cima de um tapete bem macio e fofinho. Nos sentamos em rodinha,e por mais que eu tentasse,não poderia sentar somente ao lado de Alice... Estávamos em três,ou seja sem chance nenhuma. Fiquei ao lado de Luan,e meu coração batia forte. Respirei fundo,e me concentrei na menina que tinha conquistado meu coração. Alice. 

Luan: Pelo menos hoje vamos fingir que somos amigos - sussurrou em meu ouvido,me arrepiando toda. 

Nathallia: Se quer assim - falei sorrindo e ele sorriu também. 

Ficamos brincando com Alice pelo menos 1 hora. Sentia a vontade de estar colada nos lábios de Luan,mas minha mente não deixava. Ele tinha errado comigo,e eu tinha que me lembrar disso. Vi que Rick nos observava e sorria. Assim que o olhei,ele deu sinal de que iria embora. Teria de me despedir de Alice. Não sabia se Luan ficaria mais com ela,ou se também iria embora. 

Nathallia: Amor? - a chamei e ela me olhou atenta - Eu tenho que ir embora - seus olhinhos se encheram de lágrimas,mas nenhuma lágrima caiu,porque ela limpou antes. 

Alice: Brinca mais um pouco comigo? - perguntou e eu neguei 

Nathallia: Não posso,meu bem - falei de coração partido,com lágrima caindo dos meus olhos 

Luan: Ela tem que ir,mas eu vou ficar aqui,Alice. - disse,e em seguida limpou minhas lágrimas. Seu toque me fez estremecer.... 

Alice: Tá bom,mas você volta? - perguntou pidona e eu assenti 

Nathallia: Volto sim,só pra te ver - beijei sua testa,já me levantando. Meu padrasto deu sinal de que iria esperar no carro,e eu assenti - Preciso ir - falei a abraçando forte,chorando feito nada no mundo. 

Alice: Ei, - disse me olhando nos olhos - Você pode ser minha mãe? - perguntou e meu mundo desabou,olhei pra Luan com seus olhinhos cheios de lágrimas também. 

Nathallia: Sou sua mãe que vem sempre te visitar,tá bom? - perguntei e ela assentiu 

Alice: Não demora pra me ver de novo. - disse carinhosa,se sentando pra brincar de novo 

Me distanciei,enquanto chorava o máximo que alguém já chorou. Em poucos minutos aquela criança tinha virado uma "filha" pra mim. Eu a amava como se fosse mãe dela. Não sei explicar essa ligação. 

LUAN NARRANDO... 

Fui no orfanato,por tinha feito uma doação de 950 mil reais. Aproveitei e fui visitar,como sempre fazia. Cantei,brinquei com as crianças,mas tinha uma que desde quando eu comecei a frequentar aquele local,parecia minha filha. Eu a sentia como minha filha. Alice. Ela era linda,fofa por dentro e por fora. Tinha uma esperteza que muita gente duvidava,e tinha um amor imenso por mim,assim como eu tinha por ela. Eu brincava com todas as crianças,assim como Alice,mas com ela a relação era mais que especial. 

A deixei brincando,e fui cantar no pátio,como sempre fazia. Todo mundo adorava,tirava foto e tudo mais. Já pensou,o "Luan Santana" perto de mim? Era assim que elas pensavam. 

Enquanto cantava no pátio,notei alguém segurando Alice. Curioso e ansioso pra saber quem era,logo terminei a música,e todos se sentaram novamente,foi aí que a surpresa veio a tona. Nathallia. Meu coração estremeceu,e por um impulso maior que a minha vontade de cantar,cantei a música que fiz pra ela,que me lembrava dela. Depois,notei que Alice a puxava,pivetinha como sempre,e parou quase ao meu lado,cantando comigo. 

Notei que Rick chegou,então fui falar com ele. Alice,carinhosa como sempre,correu aos meus braços... Alice,me fez falar com sua "nova tia",Natty. Essa menina é impossível. Em uma breve discussão,Alice quem separou o "bate boca",e só ela pra fazer alguém rir em uma discussão.

Fomos brincar com ela,e eu joguei verde com Natty,que acabou cedendo aos meus pedidos de amizade momentânea. Pelo menos isso. 

Ver Natty se despedindo de Alice foi uma das piores coisas que eu já presenciei. Era de cortar o coração. Ambas se apegaram uma na outra,assim como eu me apeguei a Alice. As lágrimas vieram de maneira incontrolável. 

Alice: Fica aqui Alice,eu já volto - falei indo atrás de Nathallia. 

Luan: Natty - a chamei e ela parou no corredor 

Nathallia: Quer me ver chorar mais? 

Luan: Queria me despedir de você. 

Nathallia: Não somos nada um do outro,já falei - disse marrenta e eu ri 

Luan: Lembra que somos amigos aqui dentro? - a questionei e ela negou sorrindo fraco 

Nathallia: Tá... o que quer? 

Luan: Quero te fazer um pedido,um pedido sincero. 

Nathallia: Pode falar. 

Luan: Vem sempre visitar a Alice,sempre,por favor,não importa se eu esteja aqui ou não. Se quiser pode até me ignorar mas...- apelei - Ela precisa de carinho,de alguém ao lado dela,de uma figura materna. Ela é especial pra mim.

Nathallia: Assim como ela é especial pra você,a partir de hoje ela também é pra mim - enxugou as lágrimas - Não vou abandoná-la. Vou vir aqui sempre,pode deixar

Luan: E vai me ignorar mesmo assim? - perguntei e ela não respondeu,andou um pouco,mas eu a puxei devagar,frente a mim - Não respondeu minha pergunta. 

Nathallia: Aqui não. Só não te ignoro aqui por causa da Alice. 

Luan: Era isso que eu queria ouvir... - sorri e ela negou. Ia andar pra sair,mas eu a chamei - Natty... 

Nathallia: Que.

Luan: Não vai se despedir de mim? - falei e ela me olhou séria - como bons amigos... - falei e ela sorriu leve,me abraçando. 

Aquele abraço era o melhor que eu já tive no mundo. O dela,ela,era só ela. Meu amor não sumiu depois de tanto tempo. Meu coração ainda pertencia a Nathallia. Depois do abraço a olhei nos olhos,e respirei fundo 

Luan: Espero que não ache ruim se eu te beijar agora - falei e ela se afastou 

Nathallia: Amigos não se beijam - contestou 

Luan: Então finge que somos amigos coloridos - falei a olhando de novo,passei minha mão em sua bochecha,indo em direção a nuca.

Aproximei nossos rostos,e nossas bocas se cruzaram como se tivessem imã. Eu não fiz absolutamente nada,mas como um imã nossas bocas se cruzaram,e aquele beijo tão tímido deu espaço para um mais intenso,cheio de saudade, cheio de amor.

Nathallia: Tenho que ir - falou encerrando o beijo - esquece tudo isso - disse apressada,andando rápido. 

Luan: Impossível - falei pra mim mesmo. 

Como ela conseguia me deixar tão anestesiado por ela? Como ela conseguia fazer com que todo aquele "rancor" dela sumisse? Como? Nem eu sei. Só sei que é algo mais forte que eu,não posso controlar. É impossível. Meu amor por ela não muda,por mais que eu tente esconder,disfarçar,colocar debaixo do tapete. Ela tem o poder de despertar as melhores coisas em mim,as melhores qualidades. 

Voltei pra dentro do orfanato,sorrindo e negando,lembrei do beijo. Nathallia marrenta como sempre,e determinada. A peguei de surpresa,claro. Mas,acho que eu precisava que isso acontecesse,pra eu perceber que o meu amor por ela ainda não acabou por completo. A cada vez que eu a vejo,meu coração pula de alegria,meu corpo estremece,meus olhos a seguem em qualquer movimento,minha mente fica longe. Tudo isso causado por uma simples mulher,uma mulher que roubou meu coração de uma maneira que nem eu sei explicar. 

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Que capítulo emocionanteeeeee!!!!! <3 <3 Até que enfim uma pontinha de amor desses dois surgiu de novo,e agora,será que vai? Necessitamos pra que sim! #Casaljuntodenovo     #Alicefofa

Comentem o que acharam do capítulo de hoje,e até a próxima :) 
Ass.: Maria Fernanda ♥

sábado, 18 de junho de 2016

Capítulo 110

Lucas: Sua mãe é simpática,né? - disse e eu sorri amarelo 

Nathallia: Super simpática - falei - Mas,e aí,como anda a vida? 

Lucas: Tá indo como deve ser - sorriu - Estou trabalhando,e acabei de entrar numa faculdade de advocacia! - disse animado e eu fiquei feliz por ele 

Nathallia: Caraca,Lucas! - sorri - Parabéns! - o abracei - Você merece,gatão - ri 

Lucas: Obrigado - sorriu - Só tenho que me acostumar a ler mais. Não sou muito chegado a leitura. - fez careta

Nathallia: Pois lamento dizer,mas você escolheu umas das profissões que mais  se lê - ri 

Lucas: Eu sei,mas vou me acostumar. Isso é o de menos,mas o que importa mesmo é eu gostar do que eu estou fazendo - sorriu 

Nathallia: Concordo,também penso assim. Por isso que entrei na área médica,porque gosto é é algo que me faz bem - sorri 

Lucas: Tem que ser assim,se não,que graça tem? - perguntou e eu concordei 

...

Fabiana: Pra que ele veio até aqui? - perguntou séria e eu a encarei 

Nathallia: Veio me visitar,é isso que os amigos fazem,não é? 

Fabiana: Já falei que não quero ele de amizade com você. 

Nathallia: Qual é o problema,em? O que ele tem de errado?

Fabiana: Nada... 

Nathallia: Então não tem porque eu deixar de ter uma amizade com ele. 

Fabiana: Ele é homem 

Nathallia: E o que isso tem a ver? Nada! Você foi no casamento da filha de um amigo seu de faculdade,e ninguém achou o cúmulo,mas eu não posso ter amizade com o Lucas,só porque ele é homem? - falei séria - Para. Acho que isso já tá passando dos limites - me distanciei dela,a deixando sozinha com seus pensamentos na sala. 

Além de não querer que eu morasse sozinha,ela ainda implicava com Lucas? Isso não poderia estar acontecendo. Só pode ser um sonho,só pode! Nunca soube o porque minha mãe implicava tanto com Lucas,ele nunca fez nada de errado nem comigo e muito menos com ela. Essa história de que Lucas era homem,e por isso não poderia ser meu amigo estava sem nexo. Ela mesmo sempre me disse que acreditava numa amizade entre homem e mulher,e porque esse discurso todo contrariado quanto a esse assunto agora? As vezes minha mãe conseguia ser mais bipolar do que eu. 

Em meio a toda essa confusão,deixei esse assunto de lado e me importei em descansar,e ouvir minha música. Depois,fui arrumar meu guarda roupa,que falando sério,estava uma bagunça só. Acabei encontrando várias roupas que eu nem usava mais,e que com certeza não me servia mais. Separei tudo em um saco,e depois iria levar em algum orfanato,como forma de doação. Eu me sentiria bem fazendo isso,até porque é um voto para fazer com que outras pessoas tenham um melhor conforto. 

Em minha opinião,todos nós deveríamos pelo menos separar uma hora,um dia... para fazer o bem pra alguém. Isso pode mudar uma vida,e vai fazer um bem enorme pra quem faz. A pessoa que pratica uma caridade,se sente livre,leve,liberta daquelas coisas ruins que a rodeiam. E é isso que eu realmente queria. 

Estava quase anoitecendo,então resolvi levar essas roupas no dia seguinte,de tarde. 

Depois de enrolar mil anos no quarto,voltei pra sala. Meu padrasto havia chegado e eu nem tinha visto. 

Nathallia: Nem tinha visto que você tinha chegado,Rick - sorri 

Ricardo: Cheguei... - disse sério,e eu estranhei 

Nathallia: Tá tudo bem? Tudo bem na empresa? - perguntei e ele assentiu 

Ricardo: Tudo em mil maravilhas. 

Nathallia: E essa cara aí é porque? 

Ricardo: Umas coisas... Quero conversar comvocê depois do jantar. 

Nathallia: Algo de importante? - perguntei e ele assentiu 

Ricardo: Pra mim sim. - disse aumentando o volume da TV no controle. 

Olhei pra minha mãe que estava de costas e respirei fundo. É,era sério. 

Eu imaginava o que poderia ser o assunto de tamanha importância,mas ao mesmo tempo não imaginava nada,não sabia de nada. É confuso,mas é real.

Depois de ficar mexendo no celular,e perguntando milhares de vezes para Cris,no whats,se ela estava bem e se iria sair mesmo do hospital no dia seguinte,fui jantar. 

Jantamos em silêncio,até Rick começar a falar com minha mãe sobre uns casos policiais que haviam passado no notíciario da TV. Fiquei quieta,jantando. Depois do jantar,levei meu prato até a pia,e quando ia saindo da cozinha,meu padrasto me chamou. 

Ricardo: Natty? - me chamou e eu voltei - Vem cá,senta aqui. - puxou a cadeira pra eu sentar 

Nathallia: O que foi? 

Ricardo: Quero conversar com vocês... - disse se referindo a mim e a minha mãe

Nathallia: Sobre? - perguntei curiosa 

Ricardo: Sobre a tal história de você querer morar sozinha - disse e eu engoli em seco. 

Nathallia: Se for pra brigar e... - ele me interrompeu 

Ricardo: Não é pra brigar. É um simples diálogo,somente isso. Pode? - perguntou e eu assenti,me sentando na cadeira - Primeiro,você - disse a minha mãe - porque não quer deixá-la morar sozinha?

Fabiana: O mundo está perigoso demais pra ela qurer morar sozinha agora. 

Ricardo: E vai prender sua filha em um casulo pra sempre? - perguntou e minha mãe se calou - E você,porque quer morar sozinha? 

Nathallia: Não quero ficar dependendo dos outros pra me sustentar. Sou adulta,tenho 22 anos,vou fazer 23 e ainda dependo dos meus pais? Não quero isso. 

Ricardo: E por isso precisa discutir com as pessoas,principalmente com sua mãe? - perguntou e eu me calei. Sim,ele estava certo. Não era assim que se poderia resolver uma questão como essa. Seria somente a base de um diálogo civilizado 

Fabiana: Por isso que eu não deixo! Não quero que se distancie de mim. 

Nathallia: Mãe,eu não vou me distanciar de você! Tenho telefone,sei onde você mora,porque eu iria te abandonar? - perguntei e ela negou com a cabeça,depois a abaixou 

Ricardo: Tá na hora da Natty conhecer o mundo,e cuidar da vida que ela está construindo. Não podemos privá-la de algo que é natural do ser humano. 

Fabiana: Jura que não vai se distanciar de mim,e muito menos me deixar na mão? 

Nathallia: Mãe,me diz uma vez que te deixei na mão. - falei e ela ficou em silêncio 

Fabiana: Espero que saiba o que está fazendo,meu amor - disse e eu sorri 

Nathallia: Mãe,sei me cuidar. A senhora sabe disso. Não pense que eu sou uma inútil. Sei exatamente o que fazer,e tenho certeza do que eu quero. - falei e ela olhou meu padrasto 

Fabiana: Sabe alguma imobilária bacana aqui perto? - perguntou e eu sorri 

Nathallia: AHHHHH,MÃE EU TE AMOOOO! - falei a abraçando,e beijando sua bochecha,totalmente eufórica

Fabiana: Ah - riu - eu também,mas se acostume porque eu vou te visitar toda semana,ouviu? - sorriu e beijou minha testa.

Nathallia: Obrigada Rick - falei o abraçando forte. Ele era o melhor "pai" do mundo. 

Rick sempre teve este conceito de que um bom diálogo resolveria qualquer problema. E resolveu mesmo. Sempre me ajudando quando eu precisava,Rick parecia um pai pra mim,um irmão,um parceiro para todas as horas. 

Fui para o meu quarto pulando de alegria,ela tinha deixado!!! Eu iria morar sozinha! Não tão sozinha,porque Cris estaria comigo,mas mesmo assim já é um grande avanço. Dormi super feliz e já imaginando a decoração da minha casa,o quarto,banheiro e tudo mais. 

...

No dia seguinte,acordei,fiz minhas higienes e fui até um orfanato para levar aquele monte de roupas pra doação. Tinha algumas roupas minhas de quando eu era criança,e quando adolescente,que era a maioria. 

Saí de casa com aquela sacola gigante,e meu padrasto disse que iria me levar até lá. Aceitei a carona,e fui com ele até a porta do orfanato. Na noite anterior eu tinha ligado no orfanato,dizendo que iria levar algumas roupas para as crianças. Meu nome estava na portaria,e eles pediram que eu entrasse para dentro,e entregasse nas mãos da diretora do lugar. Não queria entrar muito,mas mesmo assim entrei. Meu padrasto ficou no carro,me aguardando. 

Entrei no local,e dei de cara com algumas recepcionistas. Falei meu nome,e eles autorizaram a entrada,me encaminhando para a casa da diretoria. Fui caminhando pelos corredores,até chegar na porta da diretora,bati três vezes,e ela abriu com um belo sorriso no rosto. 

Diretora: Você deve ser a Nathallia Carolinne,estou certa? - perguntou e eu assenti - Venha,entre - disse e eu entrei na sala com a grande sacola de roupas - fiquei sabendo que está com doações de roupas para o orfanato. 

Nathallia: Isso mesmo - sorri - estavam sem utilidade nenhuma lá em casa,então resolvi dar um bom destino a todas elas - falei colocando a sacola no chão,e tirando uma peça de roupa - Está em ótimo estado - falei e ela pegou,analisando 

Diretora: Muito bem,aposto que nessa sacola tem muitas outras roupas bonitas,pelo o que vejo tem ótimo gosto - sorriu e eu agradeci - As crianças vão adorar prinicipalmente meus quase adultos - riu e eu também 

Nathallia: Essa outra sacola aqui - tirei de dentro da sacola maior - é roupas da minha mãe,e do meu padrasto também. - mostrei a ela e ela agradeceu. 

Diretora: Agradeço pelo ato de bondade com o nosso orfanato. As crianças vão adorar tudo isso aqui - riu - Ah,desculpe,nem me apresentei... Sou Susan,a diretora do orfanato. - estendeu a mão e eu a cumprimentei 

Nathallia: Agora,tenho que ir,meu padrasto está me aguardando. 

Susan: Não quer conhecer as crianças? Elas vão ficar felizes em saber que você doou coisas pra elas. 

Nathallia: Eu posso vê-las? - perguntei admirada 

Susan: Claro! Toda visita é bem vinda - sorriu - vamos? - pegou em meu braço,me puxando levemente. 

Seguimos pelos corredores e ela disse que já tinha avisado a todos que uma doação grande de roupas havia sido feita,e que as crianças ficaram pulando de alegria. Confesso,que meu coração amoleceu ao ver todas aquelas crianças brincando e correndo,me agradecendo pela doação. As lágrimas caíram sobre o rosto,pois não as contive. 

Primeiro passei na sessão de recém nascidos. Eles eram fofos demais,e confesso que ver todos eles e lembrar que estão sem família,doeu demais. Peguei alguns no colo,e me senti a melhor pessoa do mundo naquele momento. 

Depois,passei na sessão de crianças de 1 a 5 anos de idade. Eles corriam,brincavam,pulavam,beijavam... e o que mais me deixou surpresa foi o sorriso lindo no rosto de cada um deles. 

Enquanto observava cada criança,uma veio ao meu encontro,me chamando a atenção. Sorri pra ela que pegou em minha mão,e apertou carinhosamente. Me sentei no chão para falar com ela,que pareceu ser fofa. 

Xxx: Oi - sorriu 

Nathallia: Oi,tudo bem com você? - ela concordou 

Xxx: Você ajudou a gente - sorriu - obrigada tia! - me abraçou,e meu coração ficou menor do que uma azeitona. As lágrimas foram gratuitas - Não chora,tia - disse enxugando minhas lágrimas. 

Nathallia: Foi um cist... - ela me interrompeu 

Xxx: Eu sei que não foi um cisto,não precisa disfarçar - concluiu e eu sorri 

Nathallia: Não se acha espertinha demais,não? - fiz cócegas nela que riu 

Xxx: Sou normal. - riu 

Nathallia: Qual é o seu nome? 

Xxx: Alice,e o seu? - perguntou curiosa e sapeca 

Nathallia: Me chamo Nathallia. Com um H e dois L... Mas pode me chamar de Natty. 

Alice: Vou te chamar de Tia Natty - sorriu pegando em minha mão 

Nathallia: Quantos anos você tem?

Alice: Eu tenho 4,mas vou fazer 5 - disse e eu sorri

Susan: Vamos para o pátio? - disse pra mim e eu concordei,me levantando do chão 

Alice: Deixa eu ir com ela,Barbie? - perguntou e ela concordou 

Nathallia: Porque ela te chama de Barbie? 

Susan: Por causa do meu nome,Susan. Ela diz que tenho nome de boneca Barbie - riu negando,enquanto a meninha ia de mão dada comigo a caminho do pátio.

Chegamos até a parte do pátio,e ouvi um barulho de violão,uma voz cantarolando,pra mim era conhecida. Não me importei muito e me juntei ao amontoado de adolescentes,e pré-adolescentes. Alice me pediu pra que eu a colocasse no colo,para ver melhor quem cantava. Eu não estava vendo nada,sou baixinha,então sem chances. Quando todos sentaram no chão para prestar atenção nas palavras do tal cantor,eis que a minha maior surpresa caiu como um paraquedas. 

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Nathallia super emocionada com a fofura da Alice <3 Já pensou que fofinho as duas,juntinhas? *-* É muito amor envolvido. E quem será o cantor misterioso? Nem preciso dizer,né? KKKKK 

Comentem o que acharam do capítulo de hoje e até a próxima ;) 
Ass.: Maria Fernanda ♥

terça-feira, 7 de junho de 2016

Capítulo 109

No dia seguinte,tive alguns compromissos com Dudu no estúdio,que me lembrou da festa que ele havia me convidado. 

Cheguei em casa,e tratei de saber quem iria ir comigo nessa festa,e Bruna foi a primeira a se pronunciar. 

Bruna: Eu vou! - sorriu animada 

Luan: Nem sei porque cê vai - revirei os olhos e minha mãe riu 

Bruna: E nem quero que saiba,querido - disse rindo negando 

Luan: Só não quero ficar de vela pra irmã não. Tenho minha dignidade - falei e ela negou 

Bruna: Para,Pi! O Breno é só meu amigo - disse e eu ri 

Luan: Eu citei o nome dele por acaso? - perguntei e ela parou me olhando - Te peguei no pulo,gatinha - falei a zoando 

Bruna: Pulo... que pulo? Não tem pulo. Cê acha que tem pulo? 

Marizete: Tá até sem saber o que falar. 

Bruna: Que nada. Eu tô normal,bem normal. Osh,povo doido - falou rápido 

Luan: Calma,fala mais devagar se não a língua sai pra fora - ri e ela me jogou o pano de prato com força 

Bruna: Besta! - mostrou a língua 

Luan: Olha,já tá até rasgadinho alí - ri e ela ficou nervosa 

Bruna: Manhee!!! - disse e mamusca riu 

Marizete: Luan.. - disse 

Bruna: Falo nada. Tá se segurando pra não dar mole pra Nathallia,e achar que virou corno de novo - riu 

Luan: Cala a boca sua ratinha de garrafa! - falei sério enquanto ela ria

Marizete: Bruna... - falou séria,e enquanto a gente iniciava uma mera discussão,minha mãe interviu - Chega os dois! - disse alto e nos calamos - Cala a boca os dois agora,se não eu jogo essa táboa de carne na cabeça de cada um. - disse nos olhando,com a mão na cintura,enquanto a outra segurava a táboa - Calou? - assentimos e ela concordou - muito bem. Os dois,já pra sala. - disse e nos encaminhamos pra sala. 

Mamusca era assim,super calma e doce como sempre foi. Mas,quando ela se irritava,era séria demais. Sempre botou ordem na gente quando brigávamos. Ela pra mim é o tipo de mãe perfeita que eu sempre quero ter ao meu lado. O tipo de vó que eu quero ter para os meus filhos,assim como meu pai. 

Me sentei no sofá,e lá fiquei olhando a TV desligada. Quando iria pegar o controle ela anuncia da cozinha um "Não liga a TV!". E tive que obedecer. Bruna me olhava séria,mas ao mesmo tempo querendo rir,não sei explicar. 

Revirei os olhos e cruzei os braços,já indignado. Isso já estava me cansando. 

Amarildo: Que que aconteceu aqui? - perguntou rindo 

Luan: Mamusca... Acho que estamos de castigo - falei e ele riu 

Amarildo: Que isso,amor? - perguntou rindo 

Marizete: Tirou as palavras da minha boca,Luanzinho. Eles estavam brigando,e isso me irritou. 

Amarildo: Não acham que já estão grandinhos pra isso,não? 

Bruna: O Luan que começou! - disse indignada 

Amarildo: Se continuar assim,vou contratar uma babá pra vocês! - disse e todos nós rimos 

Bruna: Para - riu 

Amarildo: Tá parecendo 

Marizete: Parou a briga? - perguntou e eu assenti 

É,ainda bem que tudo termina bem no final,porque caso contrário,a treta iria rolar. 

NATHALLIA NARRANDO... 

Depois de passar algum tempo no hospital com Cris,voltei pra casa por volta das 3 da tarde. Minha mãe já estava quase doida pelo fato de eu não ter dado notícias a manhã toda. 

Fabiana: Onde você tava,em? Te liguei a manhã toda! - disse e eu respirei fundo,me sentando no sofá 

Nathallia: Tava no hospital. 

Fabiana: Fazendo o que no hospital? Se machucou mas eu não tô sabendo? - pegou no meu braço,olhando pra ver se não tinha me machucado 

Nathallia: Não,mãe. Tô bem. - sorri 

Fabiana: E estava no hospital fazendo o que? - perguntou séria 

Nathallia: Eu fui pra casa da Cris de manhã,e ela tava desmaiada. Eu e a Tia levamos ela para o hospital - falei e ela me olhou incrédula 

Fabiana: E ela,tá bem? - perguntu preocupada e eu assenti 

Nathallia: Tá bem sim. Já foi medicada,e está em repouso. Vai ficar no hospital essa noite,mas amanhã se tiver tudo bem,está liberada. 

Fabiana: Que bom - sorriu e em seguida me olhou séria - Você deveria ter me ligado - me deu um tapa de leve 

Nathallia: Tava com raiva. - falei e ela negou com a cabeça 

Fabiana: Já falei que eu não quero que vá. 

Nathallia: Tenho 22 anos,sou de maior e sei me cuidar. Não vou morar sozinha,e a Tia até deixou a Cris morar comigo. Vou procurar alguma casa,e arrumar um emprego,e logo dar entrada na casa. Quero ter a minha vida. - falei suave e tranquila 

Fabiana: Não vai... - a interrompi 

Nathallia: Tá bom,não fala mais nada - disse pegando minha bolsa e indo para o quarto. 

Eu não queria brigar com minha mãe de novo. Isso era chato. Não gosto de duelar um fato que mais dia ou menos dia vai acontecer. Não quero depender da minha mãe para sempre. Quero ter o meu cantinho,assim como ela tem o dela agora. Isso é errado? Pra ela,sim. 

Entrei no quarto e dei uma breve arrumadinha... Limpei os móveis do quarto,deixando tudo no maior brilho. Coloquei o tapete pra lavar,e organizei meu guarda-roupa que estava uma zona só. Depois disso,me sentei na cama,e coloquei alguns livros da faculdade no colo,só para dar aquela revisada e não esquecer muita coisa das matérias. 

Mais ou menos 2 horas depois,parei e guardei tudo. Apesar de ter estudado,meu pensamento ainda estava em Cris. Peguei meu celular e liguei pra tia Celina. Ela atendeu mais feliz,e quando perguntei de Cristiane,ela me disse que Cris passava bem e que já estava bem melhor,inclusive mais coradinha,o que é um ótimo sinal. Celina disse também,que Cristiane iria ser liberada no dia seguinte mesmo. Fiquei feliz e aliviada por isso. 


Fui pra sala,e minha mãe assistia TV. Fui pra cozinha,e fiz um sanduíche na chapa,com pão de forma,queijo,tomate,salada e um molho de azeitona pra completar. E além disso,fiz um suco de laranja bem reforçado. Minha mãe viu que eu estava lá,mas nem falou nada. Terminei meu prato,e me sentei a mesa para comer. Ela veio,e se sentou frente a mim,me olhando fixamente.


Fabiana: Eu poderia ter feito. 

Nathallia: Eu sei fazer... - falei naturalmente. 

Fabiana: Mas,eu podia fazer. Estava sem fazer nada,mesmo. 

Nathallia: Mãe,eu nasci saudável,tenho mão e consigo fazer o meu sem problemas. - disse e ela revirou os olhos 

Fabiana: Tá assim por causa daquele assunto chato? - disse séria,e eu concordei - Deixa de ser criança! 

Nathallia: Ser criança é ter 22 anos,querer ser independente e morar sozinha com uma amiga? - perguntei 

Fabiana: Não me tira a paciência,menina! - disse séria,me olhando firme. 

Nathallia: Tô somente exigindo meus direitos. Poxa! Entenda que eu cresci... - falei jogando o copo de plástico na pia. 

Fabiana: Você não é mais aquela menina que eu ensinei os conceito da vida desde pequena! 

Nathallia: Sou sim,mãe. Porém,estou adulta! - falei pegando meu prato,me direcionando até meu quarto. 

Comi lá o lanche que fiz,e depois me deitei na cama,enrolada com o cobertor quentinho que eu tinha. As vezes não entendia minha mãe. Hora dizia que eu sou responsável pelas minhas coisas e situações... E depois diz que eu sou uma criança pra morar sozinha? Não entendo. Respirei fundo várias vezes,na esperança de que toda essa situação saísse da minha cabeça. 

Peguei meu celular e comecei a mexer no whats. Até que a mensagem de Lucas me pegou de surpresa,até porque fazia uns dias que não falava com ele. Ele havia me convidado para uma balada,mas neguei por conta do estado de Cris. Ele disse que ficou sabendo,e que visitaria ela em casa no dia seguinte. O convidei para vir até minha casa,e ele aceitou de bom grado,porém disse que seria algo rápido,pois tinha outros compromissos a fazer. Concordei com ele,e ele disse que dali 20 minutos sairia de casa. 

Seria bom,pois quebraria o clima chato na minha casa com minha mãe. E esperava também que não tivesse mais brigas entre mim e ela,e que a gente entrasse em um acordo amigável quanto a isso. 

Fiquei deitada,ainda no quarto,esperando Lucas quando ouvi o interfone tocar. Corri pra atender,e era Lucas dizendo que já estava subindo. Esperei rapidamente na sala,e abri a porta assim que ele deu três batidinhas com ritmo. 

Lucas: Oi - disse me abraçando - tudo bem? 

Nathallia: Tudo sim,gato,e você? - sorri 

Lucas: Tô bem 

Nathallia: Entra,e fica a vontade - falei e ele adentrou minha casa,se sentando no sofá - quer alguma coisa? - perguntei e ele negou 

Lucas: Nã... não. Obrigado,estou bem assim - sorriu gentil - Nossa,faz muito tempo que eu vim aqui - riu - até mudou a estante... Sofá - disse e eu ri 

Nathallia: Faz tempo sim,a última vez foi antes de eu fazer intercâmbio,né? - perguntei e ele concordou - Tempo demais,nossa - admiti 

Lucas: E a Tia? Cadê ela? - disse olhando em volta 

Nathallia: Deve estar no banho,daqui a pouco ela vem pra cá. 

Lucas: Vai voltar a trabalhar com seu padrasto? - me questionou 

Nathallia: Acho que sim,preciso de um emprego e tô com a ideia de morar sozinha. Tenho que me sustentar de alguma maneira,caso contrário não vai dar certo. 

Lucas: Os custos são altos,precisa planejar bem... Quase 23 anos - sorriu 

Nathallia: Bem isso,mas logo isso vai sair do papel - sorri 

Ficamos conversando de coisas aleatórias,e resolvi perguntar da mãe e da avó de Lucas,que também a tempos não as via. Ele disse que elas estavam bem,mas sua avó estava com uns probleminhas de saúde,mas estava se tratando e já estava bem. 

Eu gostava delas,mesmo sem ter as conhecido a fundo. Não sei explicar o porque disso. É algo inexplicável. Elas tinham o poder de me deixar calma,e tranquila apenas ao falar um "oi" comigo. Não sei porque,e nem como isso ocorre,mas só sei que é verdadeiro e real. As vezes também sentia que conhecia elas de algum lugar... Que lugar? Eu não sei! Sensação estranha demais. 

Minha mãe adentrou a sala distraída,e parou ao ver que tinha visita e que era Lucas. 

Fabiana: O... Oi - disse - Tudo bem,menino? - sorriu o cumprimentando com um aperto de mão 

Lucas: Tudo bem,Tia... Posso te chamar assim,né? - perguntou e ela assentiu sorrindo levemente 

Fabiana: Claro,pode ser também de Tia Fabi,que eu super aceito - sorriu - Quer alguma coisa? 

Lucas: Não,obrigado. Estou bem. - sorriu 

Fabiana: Fiquei a vontade,e se precisar de algo é só me chamar - disse passando perto de mim,me olhando fixo,ou seja ela me fuzilou com o olhar. 

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Nathallia quer morar sozinha e ser um pouco mais independente,mas a Fabi não deixa! :( #DeixatiaFabi #Semolharesfuzilantes

Comentem o que acharam do capítulo de hoje,e até a próxima ;)
Ass.: Maria Fernanda ♥